Pois é, parabéns para o Runeterra RPG que hoje completa um ano desde seu lançamento em 06/12/2018.
De lá pra cá muita coisa mudou (ainda bem), mas o espírito que fez o lançamento ser possível permanece igual, o espírito de fazer algo com vontade, dedicação e com uma qualidade à altura do que representa o League of Legends.
O que é o Runeterra RPG hoje? Vamos a algumas informações interessantes (ou não) e curiosas a respeito disso contando um pouco da história dessa maluquice totalmente gratuita:
Nascimento
O sistema nasceu pela ausência de uma outra adaptação que permitisse jogar aventuras em Runeterra com um sistema de regras de RPG, fosse ele Storyteller, GURPS, D20, D6, ou qualquer outro.
Inicialmente essa conversão foi feita para o sistema de regras do D&D 3.5, posteriormente passou para 3D&T, voltou para D&D 3.5, veio a ser parte de um sistema totalmente novo que busca emular ao máximo o LoL e, por fim, se acomodou em D&D 5.
Seu criador (eu, no caso) começou isso sozinho, lançou o 1.0 há 365 dias e pouco tempo depois, com o lançamento, conheceu o Luke Nitole, que também estava fazendo um RPG de Runeterra dele mesmo (League of RPG) também pautado em D&D 5.0
Mesmo sabendo que o criador é um chato e ranzinza, ele (Luke) topou fundir os projetos, mantendo como base o Runeterra RPG, trazendo alguns poucos elementos do League of RPG.
Chegamos então ao que seria o Runeterra RPG 1.01, uma versão que buscava apenas corrigir algumas coisas, balancear outras e remover uma coisa (descansem em paz, ursinhos) mas já deixava de ser feita no MS Word e passava a ser feita em um software realmente voltado para isso, Adobe Indesign.
Essa fase foi quando o sistema “se abriu” para o mundo aceitando contribuições de quem quisesse fazer parte disso, lançamos a revista “Laboratório Hextec” que chegou a ter três edições.
O motivo que fez a revista deixar de ser publicada foi a falta de pessoas interessadas em contribuir com material e conteúdo, fazendo com que a cada versão Arddhu e Luke tivessem que criar conteúdo novo. Oras, isso não fazia sentido, a revista era terreno para experimentos, doideras, formas diferentes de se ver regras e coisas do lolzinho, foi quando os autores perceberam que ao invés de continuar lançando material picado, valia mais a pena se concentrar no próximo passo:
Runeterra RPG 1.1
A versão 1.1 foi criada com a mentalidade de adaptar com mais profundidade o universo de Runeterra para o D&D 5, se antes a sugestão era de que se usassem as classes básicas, com apenas a adição das publicadas no 1.01, nessa nova versão todas (quase) as classes foram redesenhadas para terem coesão temática com o universo e uma coerência de regras e balanceamento.
Mas aqui entra outra história curiosa sobre o 1.1, seu início se deu por volta de fevereiro e março de 2019, com objetivo de lançar por volta de Julho.
Não aconteceu, durante esses longos meses existiu um tempo de silêncio e até um tempo de “férias” no qual nada foi feito. Lá por volta de Agosto, os esforços foram retomados com objetivo de lançar por volta de setembro, mas rapidamente a coisa se transformou de uma forma surreal e percebemos que isso não seria possível.
A nova data de lançamento tinha sido concebida para 6 de Dezembro de 2019 (hoje) para ser lançado após 1 ano, mas aí a Rito resolveu brincar nesse meio tempo, anunciou um livro de League of Legends.
Embora seja algo que adicione muito ao Runeterra RPG, percebemos que caso o mesmo fosse lançado apenas o Realms of Runeterra (RoR), surgiriam comparações não interessantes, além disso, caso algum texto tivesse similaridade, certamente poderiamos enfrentar até problemas judiciais.
Logo, foi definido que o livro teria de ser lançado antes do RoR e com isso a loucura começou. Durante esse período, diariamente nos reuníamos e traçávamos o que faltava ser feito e então botávamos a mão na massa.
Foram noites e mais noites no Discord e no Google Docs escrevendo, revisando, modificando e apagando conteúdo. A cada passo pra frente dado, parecia que dávamos 3 para trás, tendo que modificar coisas que já estavam “prontas” e que acabavam afetando vários capítulos.
Mas no fim das contas, o prazo foi cumprido e lançamos a versão 1.1 no dia 12 de novembro de 2019, quase uma semana antes do livro Realms of Runeterra chegar em minhas mãos.
Um novo fôlego
Se o lançamento do 1.0 foi tímido, com pouca repercussão, o mesmo não pode ser dito do 1.1, grandes criadores de conteúdo bem como influenciadores, aderiram ao projeto, ajudaram a divulgá-lo e isso fez com que alcançássemos números surpreendentes nas primeiras 48 hora.
Foram mais de 10 mil downloads do livro durante as 48 primeiras horas, fora isso, o site foi visitado mais de 50 mil vezes nesse período. Desde então, com o servidor oficial do sistema, alcançamos mais de 1.000 membros (atualmente 974 entre entradas e saídas).
Tudo isso foi conquistado unica e exclusivamente por um produto gratuito feito em língua portuguesa (Camões perdoai pelos erros que passaram) movimentado por gente da comunidade do Brasil e para Brasileiros. Talvez seja uma conquista pequena para empresas e jogos, mas estamos falando aqui sobre algo que dois caras começaram a fazer sem um centavo sequer e lançaram isso gratuitamente para a comunidade. Acreditem, ficamos extremamente felizes com o hype nos primeiros dias.
O que vem pela frente
Durante o 1.0 e o 1.1 o site era mantido no Medium, nele eu cheguei a escrever um pouco a respeito do que vislumbrávamos como o futuro do sistema e o que viria adiante, especialmente para atrair mais simpatizantes (e mão de obra). Com o lançamento do 1.1 e o aniversário de 1 ano do sistema como um todo, chega a hora de fazer o mapa do que vem pela frente:
- Revisão completa do livro com balanceamento e correções gramaticais, de formatação, diagramação, etc;
- Procurar formas de fazer a versão inglesa do livro alcançar o público internacional, fazendo com que ao menos uma parcela maior tenha acesso e possamos trocar ideias com gente de outros países;
- Lançamento de mais 4 livros acessórios ao sistema trazendo cada vez mais profundidade para ele e cobrindo ainda mais o universo
Esses 3 pontos são nossas diretrizes daqui para frente, é neles que nos pautamos e são nossos objetivos futuros para evolução e consolidação do sistema.
Cada um desses pontos é extremamente importante, mas eles não são únicos, eles são “Save Points” dessa jornada que tem sido criar do zero esse sistema e moldá-lo para ficar cada vez mais com a cara de Runeterra e dos campeões de League of Legends.
Durante o próximo ano, alguns novos projetos ligados a isso podem surgir, fiquem de olho nas redes sociais do projeto e entrem no discord, opinem, tragam suas sugestões e críticas, participem.
Por fim, um espaço especial para agradecer a todos os envolvidos, tanto o próprio Luke por ter encarado essa doidera junto comigo, quanto ao pessoal que nos ajuda (colaboradores) e os grandes Gruntar, Rakin e Pato Papão, pois a divulgação que vocês fizeram foi responsável por grande parte desse sucesso.
Que venham novos anos, lançamentos e correções!