Mais uma vez estou aqui para lhes escrever um artigo comemorando o Mês do Orgulho LGBTQ+ e o Dia Internacional do Orgulho LGBTQ+, um breve momento para lembrarmos da diversidade que existe no mundo e celebrá-la.
Ano passado escrevi um artigo sobre o por que é comemorado no mês de junho e esse é o mesmo motivo pelo qual esse artigo está sendo publicado no dia de hoje.
Celebrando o Amor
O Mês do Orgulho é uma época para que se possa celebrar a aceitação e o amor incondicional, de todas as formas que ele existe.
Estamos vivendo uma época mais tranquila e em que as pessoas estão sendo mais conscientizadas sobre os problemas da comunidade como um todo, claro, não é perfeito nem mesmo o ideal… mas é um começo.
Nós da equipe do Runarcana sempre buscamos criar uma comunidade livre de preconceitos, onde qualquer um possa se sentir seguro e acolhido.
Esse mês existe para nos lembrar que a diversidade existe, que nem tudo é preto no branco. Independente da opinião das pessoas sobre a causa LGBTQ+, ela vai continuar existindo e só cabe a você respeitá-la.
Eu aguardo ansiosamente pelo dia em que nada disso será necessário, mas para isso todos temos que fazer nossa parte.
Diana e Leona
Nesse mês a Riot Games publicou o conto Ascenda Comigo, uma breve história que mostra a adolescência da Diana e da Leona e a maneira em que elas se comportavam em relação aos ensinamentos dos Solari.
Nesse mesmo conto, é narrado o crescimento da relação entre as duas e de maneira gradual a maneira em que elas passam a ter sentimentos uma pela outra. Diana é uma garota tutelada pelos Rakkor enquanto Leona é filha de dois Forjassóis (o que aparenta ser uma posição altíssima na hierarquia dos Solari).
Porém, o maior problema para elas não é suas posições sociais, mas sim os pensamentos de Diana que contestam a razão de a Luz do sol ser a única sagrada e a Escuridão da noite ser considerada maligna.
Aqui está um trecho do conto, que retira uma passagem do diário de Diana:
Então, perguntei se gostaria de dançar comigo lá embaixo, no Festival.
Imaginei que diria não, mas abriu um sorriso maior do que qualquer um que eu já tivesse visto no seu rosto. Quero desenhá-lo, mas não sei se consigo capturar o esplendor dele. Pegou minha mão e – e nunca vou esquecer isso enquanto estiver viva – respondeu: “Ainda não”.
E Leona me beijou.
E eu beijei Leona.
Essa é a primeira vez que a Riot inseriu um relacionamento abertamente LGBTQ+ em suas histórias, antes disso havia muitas insinuações, mensagens subliminares sobre alguns personagens do LoL. O Arddhu fez um vídeo sobre esse mesmo conto, para os interessados aqui está:
Que tal um desafio?
Antes de eu lançar esse desafio, convido vocês a fazerem uma reflexão… Quantas vezes em uma história você viu personagens abertamente LGBTQ+ inseridos nela? E se eles estão presentes nessa história, eles são apresentados de forma natural ou não passam de estereótipos?
Aqui vai o desafio, tentem criar personagens diferentes que em nosso mundo poderia ser considerado alvo de piadas e preconceitos.
Pense em um rapaz com uma aparência mais feminina, uma mulher que seja extremamente musculosa (Illaoi), alguém que não seja limitado por qualquer barreira de gênero. Você também não precisa se limitar à aparência da personagem, pense nos trejeitos e maneirismos, no emocional e como ela se relaciona no mundo.
Como algumas pessoas devem saber, no mês de Junho é comemorado o Orgulho LGBTQ, usando a palavra “Orgulho” para servir de antônimo à “Vergonha” que a maioria da população LGBTQ é ensinada sentir por serem quem são desde a sua infância. Servindo para lembrar que nunca jamais devemos nos envergonhar de quem nós somos e muito menos ter medo de ser você mesmo.
Hoje, dia 17 de maio de 2020, é o Dia Internacional Contra a LGBTQfobia, o que isso significa?
Significa que é um dia em que celebramos a diversidade da espécie humana, onde celebramos que diferenças em orientação sexual não representam nada de estranho. Onde celebramos que não existe diferença entre pessoas que se relacionam com um sexo, ou o outro, ou mesmo os dois.
É uma celebração que comemora uma decisão da OMS que data de 1990, onde foi necessário desfazer um engano que perdurava por tempo demais: O de que homossexualidade (ou qualquer outra orientação diferente da heterossexual), é um distúrbio mental.
Mais recentemente foi adicionado à essa data o combate contra a Transfobia, uma causa que ainda sofre perante uma sociedade que não consegue enxergar a dor que “simples” palavras e que a falta de apoio podem causar.
Mas não é uma data comemorativa nem de celebração de fato, é uma data para se refletir e repensar a vida, repensar atitudes e pensamentos tacanhos. Além de ser principalmente uma data para chamar a atenção contra a violência, discriminação e preconceito sofrido pela população LGBTQ.
Mais do que uma data que marca isso, é um momento onde a luz arco-íris que representa toda a diversidade ilumina a sombra da ignorância daqueles que julgam e menosprezam os que são diferentes de si, com isso todos os nossos ícones em nossas redes sociais, bem como imagens representativas, foram tomadas pelo Arco-Íris da diversidade.
Diversidade
O Runarcana é uma iniciativa totalmente pró-diversidade desde sua criação, contando com diversas pessoas que o compõe que representam cada uma das letras cuja fobia é combatida nesse dia.
Promovemos a diversidade desde a concepção do Runarcana, onde qualquer distinção entre orientação sexual ou mesmo a diversidade de gêneros, são inexistentes, pois são tão comuns como quaisquer outros. O lugar comum de qualquer orientação sexual e gênero é exatamente esse, comum.
Em uma sociedade que aos poucos acorda de um devaneio coletivo, onde execrar e perseguir os que se comportam diferentes se tornou tão comum que o próprio questionamento a isso é visto como uma atitude revolucionária, temos muito a evoluir.
Por tudo isso, eu, Arddhu, em nome de todas as pessoas que participam e desenvolvem o Runarcana, deixo bem claro que nós não toleramos a intolerância e não aceitamos o preconceito:
Você, preconceituoso, não é bem vindo aqui!
Já você, LGBTQ, que busca por um lugar onde você possa se expressar sem o medo de represália ou preconceito, sinta-se a vontade de se juntar a nós, aqui a sua “diferença” é respeitada como ela deve ser, como algo tão comum quanto um amanhecer ensolarado.
Eae pessoal, tudo bem? Aqui é o Luke Nitole, à pedido do Arddhu vim falar um pouco sobre os novos ícones que a Riot lançou recentemente para comemoração dessa data.
Como muitos já devem saber, desde 2018 a Riot vêm demonstrando seu apoio à comunidade LGBTQ, no início era apenas uma foto de Rioter usando camisas coloridas em apoio aos seus colegas e jogadores dessa comunidade. Porém, a Riot adicionou algumas coisas a mais no jogo, como o ícone Arco-Íris de Fofura no mesmo ano, e, em 2020 ela trouxe uma nova leva de ícones para representar mais algumas das bandeiras da comunidade LGBTQ.
Para não confundir muito, optei por não me aprofundar completamente dentro do significado de cada um dos ícones representando as diversas bandeiras dessa comunidade tão diversa.
Antes que alguém pergunte, eu mesmo faço parte dessa comunidade, sendo representado pelo G da sigla.
Bandeira Arco-Íris
A mais conhecida das bandeiras é a bandeira Arco-Íris, originalmente era utilizada para representar apenas a comunidade Gay. Porém, com o avanço e entendimento da própria comunidade LGBTQ, a Bandeira Arco-Íris passou a representar todas as siglas dentro dessa gama.
Ainda hoje isso pode causar muita confusão dentro da própria comunidade, por causa do protaganismo que a comunidade Gay recebeu ao longo dos anos.
Bandeira Lésbica
A bandeira utilizada pela Riot Games para representar a comunidade Lésbica na verdade não se trata de uma bandeira oficial do movimento, ela na realidade foi abraçada por diversos indivíduos no Twitter e Tumblr em 2018. Ela é referida pela PrideNationLGBT como “Community Lesbian Flag”, que em uma tradução livre seria algo como “Bandeira da Comunidade Lésbica.
Além disso, a página do Tumblr “Official Lesbian Flag” possui uma explicação melhor para os significados dessa bandeira, mas, infelizmente, a página está apenas em inglês.
Bandeira Bissexual
Acredito já ser de conhecimento geral de que se trata a Bissexualidade, porém irei explicá-la da mesma forma.
A bissexualidade se define pela capacidade de atração, sexual ou romântica por mais de um gênero, classicamente sendo eles Masculino e Feminino, sendo eles Cisgêneros ou Transgêneros (explicarei essa parte mais a frente).
Existem alguns sites que explicam mais a fundo do que se trata a Bissexualidade e alguns de seus Mitos, criados pela confusão ao se tratar dessa orientação sexual. Uma de minhas recomendações é o seguinte:
Assim como a Bissexualidade, a Pansexualidade é caracterizada pela atração de uma pessoa à mais de um dos gêneros “classicos”, então qual seria a diferença entre elas?
Bom, a Pansexualidade abrange mais gêneros além do Masculino e Feminino, podendo também demonstrar atração sexual ou romântica por pessoas de Gênero-Fluido, Agênero ou qualquer outra da vasta gama de gênero que hoje possui uma definição própria.
Bandeira Transsexual
A Transsexualidade se trata de indivíduos que não se identificam com seu gênero designado no momento de seu nascimento, conhecido como seu Sexo Biológico. Essas pessoas são conhecidas como Transgêneros, enquanto para aquelas que se identificam com seu Sexo Biológico são conhecidas como Cisgêneros, para abreviar, pessoas Trans e Cis.
Algo que eu não poderia resumir de maneira simples para a maioria é a Identidade de Gênero de uma pessoa, pois para muitos pode se tratar de um assunto delicado e que, eu, como pessoa Cisgênero posso não saber tratar de maneira devida.
Bandeira Não-Binária
A Comunidade Não-Binária se trata de uma divisão dentro da Transsexualidade, que se trata de pessoas Transgêneras que não se identificam necessariamente com a binariedade dos gêneros Masculino e Feminino, podendo transitar entre eles, ou até mesmo demonstrar uma expressão de gênero fora desse padrão.
Por se tratar de um “termo guarda-chuva”, a Não-Binariedade possui diversas subdivisões dentro de si, como o Agênero, Bigênero e o Gênero-Fluido. Apesar de eu ter citado apenas 3 dessas subdivisões, a Bandeira Não-Binária abraça muito mais gêneros do que apenas esses três.
Bandeira Assexual
Muita gente acaba confundindo do que se trata a Assexualidade, achando que são apenas pessoas que possuem interesse 0 em ter relações sexuais, o que não é totalmente errado.
Por mais que o nome “Assexual” remeta à não possuir atração sexual pelos outros, a Assexualidade não necessariamente significa que não possuam interesse sexual em nenhum momento, apenas que a atração sexual dessas pessoas em relação aos outros é extremamente baixa, nula ou que se desenvolve apenas em situações específicas
Dentro da Assexualidade existem algumas divisões, dentre elas estão: o Arromântico, Romântico, Demissexual, entre outros (para não complicar demais, ficaram de fora desse artigo).
Arromânticos são pessoas que não sentem atração romântica por outras pessoas, enquanto os Românticos, são aqueles que possuem sim uma atração romântica por outras pessoas. Enquanto os Demissexuais são as pessoas que podem sentir uma atração sexual com uma pessoa ao desenvolver um vínculo afetivo com a mesma.
Ser assexual não define sua orientação sexual, pois você pode ser Assexual e possuir atração romântica ou sexual por qualquer um dos gêneros.
Lembrem-se que as explicações acima se tratam apenas de um resumo de seus significados, e, além disso, tem finalidade de possuirem linguagem simples, sem muitos jargões do meio LGBTQ para entendimento maior de pessoas “fora do meio”.
Para aqueles realmente interessados em entender melhor essa comunidade é necessário uma pesquisa mais aprofundada sobre as siglas apresentadas aqui.
Alguns canais do YouTube que posso recomendar que por diversas vezes fazem vídeos explicativos sobre a comunidade LGBTQ são:
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