Runarcana RPG

Ferreiros Rúnicos

O Futuro Rework do Tecmaturgo

Olá a todos, sejam bem vindos a mais um artigo na coluna semanal Hexcriba, com o título de Ferreiros Rúnicos, o Futuro Rework do Tecmaturgo, venha acompanhar um pouco dos pensamentos que devem parametrizar esse futuro rework, previsto para a versão 1.22.

Com o conto “Sororidade da Guerra” que já teve sua parte 1 e 2 lançadas, ficamos conhecendo sobre Ferreiros Rúnicos, no caso, conhecemos Tifalenji, uma ferreira rúnica que porta uma arma descrita de forma bem parecida com a espada da Riven.

Infelizmente o conto não é tão amplo ainda na explicação do que são exatamente esses Ferreiros Rúnicos, sem dar spoiler sobre as duas partes dessa história, temos ciência apenas de que existem pessoas que podem forjar armas imbuídas com runas e.ou magia, e as mesmas podem ser ativadas liberando efeitos mágicos.

Em Runeterra RPG sempre prezamos em utilizar o material já criado e priorizamos a utilização das bases que foram estabelecidas, nesse caso, temos uma espécie de artífice de guerra que consegue forjar tais armas embora não seja (até onde sabemos) um conjurador propriamente dito.

A temática do artífice é tratada no Runeterra RPG através da classe do Tecmaturgo, uma classe focada em pessoas que atuam de forma similar à ciência e os inventores, criando maravilhas semi-mágicas ou realmente mágicas.

Não é segredo para ninguém que acompanha o Runeterra RPG, que a temática embora exista não está em seu primor, muito menos desenvolvida de forma a estar totalmente bem ambientada nesse mundo. Outra coisa que não é segredo, é que a classe embora tenha sido modificada, não foi criada por nós.

Assim como aconteceu com o Atirador, a classe apresentada originalmente no livro, não foi criada por nós, mas sim levemente modificada e adaptada, vindo a receber em outro momento um rework realmente criado por nós com a temática e os parâmetros de poder do sistema em mente.

Conforme dito no artigo da semana passada, Passado, Presente e Futuro, o tecmaturgo receberá um Rework previsto para a versão 1.22, no entanto antes mesmo que a versão em questão seja lançada, o rework deve ser publicado por aqui em caráter alfa (ou beta) para testes e apreciação da comunidade.

O Rework

Nesse rework tentaremos captar melhor a fantasia do artífice em Runeterra, usando melhor os elementos propostos originalmente e levando em consideração os campeões que partilhem dessa temática e utilizem dessa classe. Como sempre, a classe s suas subclasses devem ser modeladas de forma a poderem servir para os campeões e para a criação de personagens totalmente novos.

Quando decidimos criar uma classe ou mesmo fazer um rework, partimos exatamente dessa temática que será explorada, no caso do Tecmaturgo, é alguém que não necessariamente conjura magia, mas consegue canalizá-la em objetos dando a eles características mágicas, ou mesmo ampliando suas capacidades naturais.

O melhor exemplo para isso, está no texto “A Tecmaturgia” que acompanha a classe, nele demonstramos os tecmaturgos de diferentes regiões encontram a matéria prima para seus inventos. Leve em consideração que a versão de Runeterra apresentada pelo Runeterra RPG traz a afirmação de que a magia floresce por todos os cantos, embora em alguns lugares seja mais intensa.

Dessa forma, o Tecmaturgo acaba sendo um inventor que junta peças com capacidades diferentes e consegue reproduzir inventos, por exemplo um tecmaturgo baseado em Ionia pode usar uma semente que tenha poder explosivo tanto para criar granadas quanto para impulsionar outras coisas através da explosão gerada.

Isso nos leva de volta aos Ferreiros Rúnicos. Faltam informações para poder termos uma ideia melhor de como eles se encaixariam, mas certamente seriam Tecmaturgos. Talvez uma nova subclasse (baseando-se na atual) ou talvez no Rework o “recurso” de forja rúnica seja um dos muitos disponíveis às diversas subclasses.

Nos pensamentos iniciais da recriação da classe, embora tenhamos usado a classe original “Egenheiro” como base, tentamos manter um equilíbrio de características que reflitam melhor Runeterra, para isso lançamos a primeira pergunta:

Quem são os Tecmaturgos?

Ao olhar para League of Legends, listamos quais são os campeões que se encaixam nessa classe, mas além dos campeões, também olhamos para o Legends of Runeterra para encontrar mais personagens que também funcionem dentro dessas regras.

Num apanhado geral temos:

  • Heimerdinger
  • Jayce
  • Viktor
  • Ekko
  • Alune
  • Corki (será?)
  • Jinx
  • Orianna
  • Rumble
  • Singed
  • Ziggs

Cada um desses campeões tem características que os alinham com os Tecmaturgos, em alguns casos nem esforço é necessário para entender isso, como Heimerdinger ou até mesmo Jayce, mas em outros casos é necessário olhar não apenas para o personagem dentro de jogo, mas sim em sua lore/ história.

Um desses exemplos é Jinx, dentro do League of Legends ela apenas usa armas de fogo e tem um arsenal bem completo, mas quando entramos em sua história, sabemos que ela tem algum conhecimento de como fazer essas “bugigangas” funcionarem mesmo tendo uma “armeira” que a ajuda de fato.

Outro exemplo é Singed. Dentro de jogo ele apenas deixa uma nuvem de fumaça, mas em sua lore sabemos que ele é um inventor cruel e que inclusive é responsável pela “mutação” de Warwick. A fantasia do cientista louco inescrupuloso também está inclusa no tecmaturgo.

Já Ekko é um gênio, um rapaz que consegue utilizar o “Lixo” piltovense para criações em Zaun, alguém que consegue entender “como as coisas funcionam” e é capaz de ressignificá-las para novos usos e novas abordagens. Se parássemos apenas no seu conceito dentro de jogo, falharíamos em captar essa característica. 

Um último caso importante a ser citado aqui é o de Alune, a irmã de Aphelios que está no plano espiritual numa fortaleza Lunari. Muito provavelmente ela se encaixe mais como um acólito do que como tecmaturga, mas se pensarmos que ela provê a seu irmão as armas lunari, talvez confeccionadas por ela, isso se expanda.

Vejam bem, com o pouco de informação que temos, essas extrapolações são importantes e necessárias para darmos continuidade à criação da classe. Claro que isso nos torna suscetíveis ao erro, já que a qualquer momento a Riot Games pode lançar algum conto demonstrando que algo que criamos não está correto. 

Por isso que, uma vez que tenhamos estabelecido esses parâmetros iniciais, damos continuidade a esse trabalho com isso em mente. 

Isso nos leva a como criar o “núcleo” da classe, de forma que sirva a todos os campeões abordados por ela, mesmo que em diferentes níveis, e nos abre o leque das Subclasses, que são as expressões e especializações daquela classe, formas pela qual ela se expressa e se desenvolve.

Especialização

Atualmente o divisor de subclasses é a especialização, cada especialização gera uma Subclasse e o exame das atuais nos diz um pouco de como devemos desenvolver as subclasses do Rework, embora nesse primeiro momento não tenhamos certeza de quais serão mantidas ou se todas serão recriadas do zero. Atualmente contamos com as seguintes subclasses:

Tecno de Batalha

  • Ele é alguém que, que além de criar seus inventos, se especializa no combate e no uso da mesma, é um personagem que embora tenha capacidade de criar vários inventos, acaba se concentrando em um (ou alguns) mais específicos e aprendo a utilizá-lo bem em combate. Nesse caso temos o Jayce, talvez Ekko e até a Jinx.

Engenhoqueiro

  • O Engenhoqueiro é um Tecmaturgo que acaba expandindo sua versatilidade e inventos, sem focar demais em um específico ou em seu uso, ele geralmente terá uma capacidade de ter mais criações descartáveis e será menos especializado. Aqui cabem Heimerdinger, Ziggs e o próprio Rumble com seu Mecha.

Tecnomago

  • Um tecmaturgo que utilize as suas invenções para estudar magia, pode acabar desenvolvendo poderes mágicos ou mesmo tendo um controle da magia produzida pelo seu invento em um nível bem mais elevado. Nesse caso temos Orianna, sua história nos diz que ela tinha boas habilidades de tecmaturgia e acabou por se tornar um construto graças a isso. Ao tentarmos expressar suas habilidades, talvez a melhor sinergia seja com um tecmaturgo que também é conjurador.

Alquimista

  • O Alquimista é um tecmaturgo com um foco muito maior em química e nas reações dos ingredientes. Dessa forma, se torna Alquimista por gerar reações “mágicas” através de ingredientes de natureza mágica expressa ou mesmo dormente. O exemplo que temos é Singed.

Cada uma dessas 4 subclasses procura desenvolver melhor as muitas característica de um “Inventor” ou de um “Cientista louco” ou apenas de um “Gênio Tecnológico”, mas ao olharmos tanto para o núcleo dessa classe quanto para sua expressões, percebemos que “falta muita coisa”.

Essa sensação de que falta muita coisa se dá primeiramente por ser um conteúdo de terceiros que adaptamos para o sistema, mas principalmente por ser um conteúdo criado sem ter Runeterra em mente, sem ter a história de League of Legends e as nuances que o mundo nos apresenta.

Exatamente como acontece com os Ferreiros Rúnicos. Embora ainda não saibamos como eles se encaixam, uma análise nos demonstra que é muito provável que sejam Tecmaturgos, mas como isso pode ser desenvolvido?

Recursos

Um dos primeiros pensamentos no Rework dos Tecmaturgos se dá não pelas subclasses acima, mas talvez através de uma característica única que sejam os Recursos. Embora a “ciência” seja uma só, em um mundo fantástico e mágico ela tem várias formas de se desenvolver, por exemplo, um estudioso das capacidades mágicas de criaturas pode não fazer a menor ideia de como misturar dois pós químicos podem criar uma explosão tremenda.

Ou ainda, um forjador de armas armaduras rúnicas pode entender muito sobre como canalizar certas palavras de poder através de glifos, fixá-los em objetos mas não ter a menor ideia de como funciona uma pistola hextec.

Em termos de interpretação isso pode ser explorado de várias formas, como um tecmaturgo tendo que se adaptar a um tipo de “tecnologia” diferente da dele para conseguir produzir os mesmos resultados, ou mesmo em um nível mais elevado, podendo se valer de mais de um recurso para seus inventos.

Muito provavelmente isso tudo expresso em uma nova característica de classe que busque justamente desenvolver essas expressões e torná-las mais particulares e vívidas, se afastando de serem apenas “caras diferentes para a mesma coisa”. 

Vejam que nada disso é totalmente certo, esse rework ainda está em uma fase inicial e portanto muitos dos pensamentos aqui podem mudar de forma imensa no decorrer do mesmo.

Ainda falando sobre os recursos, o tecmaturgo é por padrão um ser inteligente e até certo ponto estudioso, por isso mesmo os recursos talvez não sejam uma condição limitante, mas talvez até possam se tornara apenas algo mais focado em interpretação e não tão arraigado em regras.

Como isso se desenvolverá? Fica essa questão no ar, mas pensar nela nos traz a um outro ponto que também é escancarado em nossa cara com o conto da Sororidade:

Utilizadores

Nem todo mundo que utiliza um invento tecmatúrgico é um tecmaturgo. Por exemplo, Caitlyn utiliza um rifle Hextec, mas ela mesmo não é dita como uma inventora ou estudiosa que busca formas de aprimorar o seu rifle, ela é uma atiradora que se vale de ferramentas criadas por outros tecmaturgos.

Em paralelo a isso, temos Riven utilizando sua espada rúnica mas não sabendo “consertá-la” enquanto Tifalenji aparentemente pode não apenas consertá-la como também criar novas.

Isso nos leva a encruzilhada de ao fazer o rework, não cometer o erro de deixar o recurso exclusivo ao Tecmaturgo mas ao mesmo tempo não fazer com que todo tecmaturgo seja apenas um “armeiro” dando apoio aos heróis de uma história.

Em termos de regras, isso complica um pouco o uso, pois a presença de um tecmaturgo e de recursos poderia rapidamente municiar jogadores com armas “mágicas” desequilibrando o nível de poder da mesa em relação às ameaças. 

Com isso em mente, sabemos que o tecmaturgo deve sim poder criar inventos para seus companheiros de aventura mas que isso não seja algo tão fácil e corriqueiro, fazendo com que sua existência seja importante, seja para dar reparo nesses inventos, ou simplesmente pelos mesmos só funcionarem em sua proximidade, como se a energia que os faz funcionar emanasse dele.

Veem como isso é complicado? Ao inserirmos regras de criação de itens “mágicos”, temos que procurar balancear que um Ferreiro Rúnico possa fazer a espada da Riven e que a mesma a use sem ser um tecmaturgo, mas ao mesmo tempo que ele possa criar a sua que talvez funcione apenas com ele por perto, do contrário rapidamente os jogadores podem se valer do acúmulo de recursos quebrando um pouco de como funciona a progressão dos personagens.

Conclusão

Toda vez que iniciamos o rework de uma classe, uma série de pensamentos como os expostos aqui acabam acontecendo, como geralmente isso é feito pelo Luke e eu, acreditem, é um mar de ideias e muitas viagens não funcionais, procurando trazer o “carinho” que essa classe demanda.

Boa parte dos pensamentos acima tem de passar por diversos filtros, sejam eles de temática e história, sejam eles de viabilização de regras e pensamento nas escalas de poder. 

As classes possuem níveis de poder parecidos em um conjunto geral, mas acabam expressando picos de poder diferentes, enquanto algumas possuem recursos valiosíssimos logo nos primeiros níveis, outras acabam por encontrar esse pico de poder em níveis mais elevados. 

Outro pensamento que levamos sempre em consideração é o quão divertido será jogar com essa classe, de nada adianta que ela funcione mecanicamente e respeite a história, mas careça de diversão, de uma percepção de como ela pode ser útil em um grupo e ainda assim trazer diversão para o jogador que a controla.

Espero que trazer vocês para um pouco do que pensamos na criação de uma classe (ou na reconstrução) mostre os desafios que enfrentamos para trazer algo bom, divertido e que realmente funcione em Runeterra e no Runeterra RPG.

Até a próxima semana!

6 respostas

    1. Atualmente já é possível fazer isso com a variante de humano quimtec. Dos citados, apenas o Zac não se encaixaria por ser algo realmente único. Valeu pela força!

Deixe uma resposta