Runarcana RPG

Visitando a Tecmaturgia: Bandópolis

Achou que eu tinha esquecido dessa série né? Pois achou errado, meu caro felpudo!

No primeiro artigo da série, falei sobre Construtos e Inventos no geral sob uma ótica de Águas de Sentina, trazendo um pouco de YARRR e muitos sustos em interpretações dos inventos e até mesmo de construtos originários dessa terra, portanto hoje, continuando essa série,  falarei também sobre Construtos e Inventos mas sob uma ótica tecnológica estilística totalmente digna de um felpudo, um Yordle.

Bandópolis

A tecnologia de Bandópolis é a tecnologia do improvável. Uma pequena lupa pode na verdade ser um dispositivo que emite ondas sonoras, enquanto um par de óculos velho de haste quebrada pode ser um servo animado que voa de maneira engraçada. Em Bandópolis a magia é aplicada diretamente em objetos e não se sabe se essa magia imbuí eles ou apenas os desperta para o que verdadeiramente sempre quiseram ser.

Construtos

Quando falamos dos Construtos de Bandópolis, estamos abrindo um leque imenso graças a todas as possibilidades da magia Yordle. A assinatura dessa região é o imprevisível, é o inesperado e às vezes até mesmo o surreal e bizarro. Até onde conhecemos os Yordles, dificilmente eles teriam interesse em criar vida artificial de fato, mas isso não impede que eles consigam fazer isso de forma acidental.

Uma forma comum de interpretar um Construto vindo de bandópolis pode ser um espantalho criado para afastar corvos de uma plantação, que não apenas não funcionava, mas também se tornou amigo dos corvos, conhecendo gerações e gerações de famílias e até se tornando o grande amigo deles, vindo, apenas então, a conseguir conversar com eles para que não atacassem as plantações.

Talvez esse espantalho um belo dia tenha percebido uma dor nas costas, se mexeu e acabou caindo de sua estaca, só então percebendo que podia andar e se mover por aí. Ao ficar amigo do dono da fazenda, aprendeu a língua dos Yordles e passou a trabalhar ali por puro costume. Mas um dia, ao aprender a ler, viu alguns livros falando de uma tal de Runeterra, achou interessante e fez sua trouxa e rumou para o primeiro portal que encontrou.

Ou mesmo um Yordle pode ter cochilado em uma região próxima à da Clareira e ao acordar percebeu que seu corpo se mesclou ao da pedra em que estava, ganhando altura e até se sentindo diferente. As opções são muitas.

Dispositivos

Agulheira: Um tubo de porta-agulhas de crochê um belo dia caiu perto da fogueira e conforme as gotas de chamas caiam próximo a ele, ele sentiu medo e tentou se afastar, mas ao tentar fazer algo, acabou apenas cuspindo uma agulha. Isso acabou salvando-o pois o barulho da agulha chamou atenção da dona da casa que achou estranho um tubo que não conseguia guardar agulhas e presenteou a um menino yordle. Esse menino, amarrou uma corda em volta desse tubo e o prendeu em seu braço, conseguindo então disparar flechettes com esse dispositivo.

Arma de Elixir: Um belo dia sob uma árvore uma pequena Yordle tropeçou e a pedra que dormia não conseguiu acordar a tempo de sair do caminho dela, machucando o joelho da pobre Yordle. Chorando e com aquele machucado, ela não conseguia andar. A árvore acordou com aquele choro e tentou ajudar a menina, mas não conseguia, até que percebeu que em um de seus galhos estava um fruto que poderia ajudar a curar aquela ferida. Ela tentou derrubá-lo, mas como estava com sono, o galho inteiro acabou caindo longe. A vontade de ajudar a menina era tanta, que o galho arremessou a fruta em direção à menina, mas foi com tanta força que a fruta bateu no joelho da menina e explodiu, com seu suco curando a ferida e a menina rindo do que aconteceu. A menina pegou aquele galho e levou consigo, pois sempre que ela colocava algo na ponta, conseguia arremessar muito longe qualquer frasco colocado nele. 

Cajado Tecnomante: Competindo com seus amigos, um Yordle disse que iria trazer um cajado feito apenas de água, quase invisível e super resistente. Mas era uma mentira, ele apenas não queria ficar atrás nas histórias e se afastou triste por saber que no dia seguinte perceberiam que ele era um mentiroso. Ao se aproximar do lago em que costumava pescar, tentou conversar com o rio, mas ele estava rápido demais pra ouvir alguma coisa e ele tinha que ficar repetindo sempre. Ele gritou com o rio e o rio até parou para ouvi-lo, ao ouvir sua história, falou para que ele colocasse a mão na água, e como o rio inteiro estava parado quando aconteceu isso, ele conseguiu tirar de dentro um cajado feito de água que era exatamente como ele tinha imaginado.

Drone Coruja:  Colecionar coisas é comum entre os Yordles, um deles colecionava penas que encontrava no chão dos mais diferentes pássaros, até que um dia percebeu que tinha muitas penas e teria que se desfazer de alguma delas. Ele resolveu amarrar todas juntas que pertenciam a um mesmo pássaro e assim percebeu que com tantas penas, conseguia fazer um pássaro inteiro feito apenas de penas. Após fazer isso, saiu de casa para brincar de arremessar aquele pássaro e ver até onde ele conseguia voar. Depois de tanto brincar, prender melhor umas penas, colocar uma pedra no meio para dar mais força… o pássaro começou a flutuar com frequência e se tornou um Drone.

Égide Pneumática: A porta de uma taverna de Bandópolis aguentou tanta pancada de gente caindo, yordles tropeçando, que um dia cansou, se levantou e saiu andando para surpresa de todos os Yordles. Ela ficou cansada em um canto se sentindo inútil, até que um Yordle a encontrou e eles conversaram bastante. Sabendo que era resistente, a porta se ofereceu para ser um escudo para aquele Yordle, que queria muito sair em aventuras. Depois de cuidar dela, remover alguns pedaços quebrados e lixar para que ficasse como nova, a porta ganhou um novo propósito.

Ignium:  Um dia um homem acabou tropeçando em um portal de Bandópolis e quando menos percebeu, não estava mais em Ionia, mas sim em Freljord no meio de uma nevasca. Como o Yordle guardião do portal era um bom funcionário, ele correu atrás do homem para salvá-lo, afinal, era a sua responsabilidade. Mas para não violar o código dos escoteiros, se viu em um dilema, pois não poderia se revelar ao homem. Foi quando teve uma ideia, pegou duas pedras que estavam aos seus pés e raspou elas até que formassem fogo. Como queimou a mão com elas em brasa, arremessou para longe. O homem as encontrou e com sua engenhosidade conseguiu se salvar da friaca, conseguindo dormir. Quando acordou, estava novamente em Ionia, com uma garrafa de água do lado e as duas pedras ainda em brasa. Ele levou elas para casa e aprendeu a fazer fogo com elas, montando um mecanismo que faria inveja a todos seus vizinhos Noxianos.

Irradiador de Projéteis: Junte uma cabaça irritada, uma casca de madeira que estava com urticária, amarre bem os dois com um pouco de corda fujona, e você consegue criar uma boa aljava para carregar sua munição. O problema pode ser que a cabeça irritada às vezes deixe uma surpresa nas flechas colocadas nela.

Precursor Magnético: A história aqui é estranha, após conhecer Heimerdinger, um Yordle ficou impressionado com suas torretas e tentou fazer o mesmo em casa, mas com argila, madeira e pedras. Não deu certo, ele ficou triste e seu pai vendo o esforço empregado, tentou pelo resto da noite fazer com que funcionasse, mas acabou pegando no sono. Quando o menino acordou, ficou feliz de ver que o pai tinha se empenhado tanto e sem saber que não funcionava, colocou as torretas no chão, e elas responderam a todos seus comandos. Quando o pai acordou, ficou sem entender, mas quem se importava?

Transdutor Explosivo:  Nem todas as flores são apenas lindas, fofas, cheirosas e alegres. Existem algumas margaridas-de-lua que são bem irritadiças e cheiram a enxofre. A receita é simples, colha elas pela manhã de um dia chuvoso, assim elas não acordam a tempo de reclamar, amasse bem amassado e você tem um pó explosivo com o qual é possível criar bombas barulhentas e interessantes. Dizem que quem descobriu essa fórmula primeiro foi Ziggs, mas ele nunca contou ela a ninguém, apenas os Yordle mais arteiros aprendem a fazer isso. Ah, e com o que sobra das margaridas, você pode pintar uma pedra que com certeza acorda as margaridas para explodir quando você quiser. É batata!

Vibrum:  Uma dica de uma poderosa ferreira Yordle é a seguinte: Qualquer arma de corte pode ser melhorada se você  encontrar um ninho de beija-flor abandonado, conversar com a árvore em que ele está e convencê-la a te contar o nome do beija-flor. Você pega então esse ninho, leva correndo pra forja e mistura ele no metal derretido. Acredite, ele NÃO vai queimar e e peça de metal vai servir para fazer armas que vibram tão rápido que você nem vai acreditar.

Como vocês puderam ver, a explicação narrativa para tecnologia Yordle está intimamente ligada à magia Yordle em si, algo que consegue despertar o potencial oculto de coisas comuns e mundanas ou mesmo através de uma boa conversa, elas podem ensinar seus segredos a você.

A tecnologia Yordle é sempre lúdica, imprevisível, engraçada e alegre, até mesmo quando feita para combate, seu propósito é o de ajudar, pregar uma peça ou contar uma história.

Mas e vocês, o que acharam dessa tecnologia, quais ideias tiveram para seus “trecos” de origem Yordle? Compartilhem nos comentários e nos vemos na visita à próxima região. Qual será?

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