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  • Criação para Runarcana

    Criação para Runarcana

    A base desse artigo foi escrita em 2020, com uma atualização em 2021 e agora, em 2023, reescrevo esse artigo após diversas mudanças e consolidações no Runarcana, coisas que aconteceram desde que o artigo foi escrito originalmente. 

    Nesse tempo algumas classes foram removidas, ou absorvidas por outras classes, alguns subsistemas foram reescritos, enquanto outros novos surgiram, como fruto de um projeto que busca seguir suas premissas para chegar a um objetivo.

    O ambiente para o qual escrevo é justamente o ambiente do Runarcana, embora muita coisa dita aqui possa servir como uma base para outros ambientes, as particularidades aqui são muitas então utilize essas informações com responsabilidade.

    Runarcana

    Para o Runarcana RPG, podemos dizer que existem duas camadas de conteúdo, a camada de conteúdo Oficial, que é a inclusa na wiki e no livro, em seguida a  camada “experimental”, que é a publicada no Repositório Magitek, uma publicação enviada aos apoiadores.

    Para a primeira camada, o conteúdo oficial, as regras e as exigências são bem consideráveis, o conteúdo apresentado deve estar de acordo com a lore oficial de Runeterra, não são permitidas criações inteiramente novas e todo conteúdo oficial está sujeito a mudança caso a lore assim aponte.

    Já para a segunda camada, a camada experimental, a exigência se dá abaixo do conteúdo oficial, apenas busco criar novas experiências, sem um foco excessivo em equilíbrio, essas ideias podem ser totalmente originais ou até mesmo desvios e novas explorações do conteúdo oficial,  que procuram não afetar tanto a lore oficial.

    Criando

    Mas como fica isso para a comunidade? Primeiramente, vale lembrar que a comunidade é livre para criar o que quiser, sem a menor necessidade de validade ou mesmo dar satisfações quanto a sua criação. Se você deseja criar conteúdo para sua mesa, quem tem que entrar em acordo são os jogadores e o mestre.

    Essa “criação caseira” é normalmente onde se inicia a trajetória de alguém que eventualmente se torne um criador reconhecido, é necessário errar para aprender, é importante entender que toda jornada tem um início e ele normalmente não é nem um pouco glamouroso.

    Uma vez que a criação tenha objetivo de não ser apenas para uma mesa em específico, mas sim para a comunidade em si, compartilhamento público ou até remunerado, algumas regras surgem para cada caso, embora seja importante analisar cada um com cuidado, é possível trabalhar com algumas generalizações.

    Criação Caseira

    A Criação Caseira é uma categoria sem pretensões e sem grandes exigências, nela é possível criar desde coisas poderosas que não serão aceitas em mesa alguma, até mesmo criações tão fracas que são escolhidas apenas por diversão e entretenimento.

    Quando esse é o objetivo, tomar cuidado com consistência narrativa não é algo mandatório, especialmente se essa criação é tão localizada em uma determinada mesa e uma história, que toda base que dá estrutura a ela está nessa história, é conhecida pelos participantes. 

    Apenas converse com o mestre, ou se você é o mestre, com os jogadores, para que essas criações não estraguem a diversão de todos, saibam atualizar e adaptar conforme surgirem necessidades ou percepções de que algo não está funcionando bem. 

    Criação de Comunidade

    Embora possa nascer como uma Criação Caseira, isso não é uma regra para uma Criação de Comunidade. Enquanto na caseiras regras da casa contam muito, para uma criação de comunidade é esperado da comunidade que exista um equilíbrio mínimo, condizente com o material oficial.

    Essas criações normalmente funcionam melhor quando são disponibilizadas para o público antes de um lançamento final, para que possam receber críticas e opiniões que possam balancear o material produzido. Confiar na capacidade da comunidade costuma ser recompensador, além de conhecer novas ideias e pessoas.

    No nosso Discord existe um fórum exclusivo para isso, o #Comunidade, onde diversas pessoas compartilham suas criações e recebem a opinião de diversos membros da própria comunidade, melhorando essas criações, tornando-as mais acessíveis ou divertidas.

    Criação Comercial

    Uma criação comercial está em uma categoria além da Criação de Comunidade. É imprescindível que, ao se direcionar para esse caminho, você procure esclarecimento suficiente das leis de direitos autorais e tome bastante cuidado para não utilizar a Propriedade Intelectual dos outros, seja empresa, seja criadores. 

    Criar comercialmente requer um conjunto de habilidades e percepções bem diferentes das criações para a comunidade, uma delas é o senso de oportunidade para poder aproveitar tendências no tempo certo, ao mesmo tempo em que se constrói uma reputação adequada.

    Para a criação comercial, embora eu possa falar bastante a respeito na parte teórica, certamente as palavras de alguém bem sucedido nesse campo possuem um peso maior, então não espere grandes elaborações nesse artigo a respeito desse tipo de criação.

    Criando para o Runarcana

    Ao primeiro olhar, fica parecendo que as exigências não são tão complicadas, inclusive alguns conteúdos do Runarcana RPG em sua versão oficial acabam não respeitando totalmente essa regra: Afinal, Bodisatva e Mercurial são classes que não existem de na lore oficial, sendo criações para Runarcana que são extrapolações feitas para que a lore possa conviver com o sistema.

    Mas aí talvez você se pergunte: Se vocês já dobraram as regras da lore em algumas criações, qual é o problema em uma nova criação de outra pessoa dobrar um pouquinho mais? É importante notar que, embora algumas criações do Runarcana RPG não sejam canônicas, elas se apoiam em lacunas que existem nesse cânone.

    É como fazer uma colcha de retalhos apenas com os retalhos de uma fabricante (ou de uma cor) mas como eles acabam ficando em falta, procuramos confeccionar novos retalhos que sejam o mais próximo dos que já foram usados, às vezes destoando um pouco, mas conseguindo se integrar ao todo.

    Basicamente o maior limitador são as pessoas envolvidas e o quão elas pensaram nessas criações, quão fundo elas foram no desenvolvimento dessas ideias e como elas afetam todo o conjunto de regras e cânone estabelecido.

    Ursine

    Um exemplo que tomo aqui é algo que aparecia frequentemente no servidor do Discord, os Ursine. Praticamente todas as semanas surgiam pessoas que queriam criar os Ursine, disponibilizá-los como uma origem ou classe jogável. 

    Ainda veejo que essa premissa se inicia de forma falha, pois o que foi dito em lore oficial e canônica é que os Ursine seguem a Volibear e tem uma mentalidade coletiva, logo, não conseguem ser “indivíduos” totalmente. Logo, exceto se forem feitas abstrações suficientes, essa criação não funcionaria para a comunidade, mas poderia funcionar muito bem para uma mesa em específico.

    Uma pessoa que queira criar os Ursine, fatalmente não conseguirá fazer uma criação que seja aceita para o livro oficial (e sim, isso é um desafio, caso você consiga, parabéns, traga essa ideia para nós) pois a premissa inicial já viola a lore em si. Um indivíduo que seja “Ursine” é uma contradição de acordo com a lore estabelecida.

    Antes que citem a carta de Legends of Runeterra como uma exceção a isso, permitam-me parafrasear um Rioter, que disse o seguinte: “O nome do jogo é LENDA de Runeterra e não Histórias de Runeterra”. Isso deixa bem claro para qualquer um que as Lendas em questão são possibilidades tanto do passado, quanto do presente e quem sabe até, do futuro. Mas nem por isso se tornam oficiais.

    Isso significa que jamais existirá Ursine como algo “jogável”? De forma alguma, afinal, não sabemos o que Riot tem guardado para eles, não sabemos se amanhã ou depois, uma atualização traga a informação de que eles podem sim ser indivíduos e que com isso eles têm o nível necessário de socialização e individualidade para poderem fazer parte de um grupo que não seja apenas de Ursine.

    Talvez o próprio Volibear em algum momento considere importante ou interessante enviar agentes de seu coletivo para lidar com a “civilização” para motivos que apenas ele saiba. Ainda assim, acho isso muito difícil e, como não é a realidade atual, impossibilita que a criação de “Ursine” venha a ser algo que entre no conteúdo oficial.

    Repetindo, isso não invalida que os Ursine possam ser criados para uma mesa em que o mestre concorde com isso ou para a comunidade. As criações nesse campo não estão condicionadas às regras do material oficial do Runarcana, seja ele canônico em Runeterra ou não.

    A pergunta

    Citei esse principal exemplo, pois a primeira pergunta que alguém que deseja criar conteúdo para o Runarcana tem que fazer a si mesmo é a seguinte: O objetivo do meu conteúdo é se tornar parte do sistema oficial ou apenas uma criação caseira, um “homebrew”,  totalmente opcional e não oficial?

    Se a resposta para essa pergunta for que sim, o objetivo é que esse conteúdo seja oficial, então essa pessoa deve ser o mais fidedigna possível à lore canônica. Para isso é necessário ler bastante, principalmente os conteúdos oficiais que estão no site do Universo, mas não apenas isso, atualmente os jogos da Riot Forge ampliaram a realidade de Runeterra, livros como Garen Primeiro Escudo, Ruination ou mesmo os quadrinhos Zed, Lux, Ashe e Katarina, trazem informações importantíssimas.

    Quanto às wikis, algumas delas são focadas em apenas compilar informações oficiais e canônicas, enquanto outras mesclam informações canônicas e não canônicas e algumas até chegam a criar conteúdo próprio baseado em interpretações, sem sinalizar isso. Portanto, é necessário o cuidado de filtrar o que ali é oficial e tem embasamento e o que ali é especulação ou interpretação.

    Já se a resposta para a pergunta for não, o objetivo do conteúdo não é se tornar parte do sistema oficial, então muitas amarras se perdem, a criação precisa ser bem feita obviamente, pois se o objetivo é compartilhar com a comunidade, isso se faz necessário. Também é importante que seja equilibrada, fazendo sentido no universo de Runeterra.

    O caminho para conteúdo oficial é um caminho duro e potencialmente ingrato, pois às vezes você pode empenhar bastante tempo e trabalho para em algum momento dar de cara com alguma informação nova que contradiga o que você criou. Acreditem, é triste perder horas (talvez até dias) de trabalho por não ter feito sua pesquisa bem o suficiente.

    Outro erro comum que acontece com alguns criadores de conteúdo é que eles acabam pensando em coisas grandes ou complexas demais ao invés de iniciarem o trabalho com coisas menores, mais simples e que darão a eles as habilidades e conhecimento necessários para que desafios maiores não destruam seus sonhos.

    Um exemplo é esse documento que foi veiculado internamente no Runarcana chamado “Criação de Classes”, atualizado especialmente depois das mudanças no Runarcana quanto às classes existentes.

    Criação de Classes

    Todas as classes do Runarcana RPG foram criadas tendo em mente alguma função. Inicialmente elas foram criadas utilizando as classes padrão da 5e como base e mexendo em alguns conceitos para torná-las mais próximas de Runeterra e um pouco mais genéricas.

    Depois de 4 anos de existência, muitas coisas mudaram, ao passo que o sistema em si se tornou autônomo, não mais condicionado a outro sistema, até mesmo essas classes tiveram que passar por mudanças, com algumas sendo até mesmo retiradas, algumas sendo absorvidas por outras e até uma nova classe surgindo.

    Atualmente, todas as classes de Runarcana partem de conceito, algo que a conecta não apenas a um campeão ou mais campeões, mas também a uma fantasia em específico que pode muitas vezes ser apresentada em uma carta do Legends of Runeterra ou como um personagem de um dos jogos Riot Forge.

    Ao pensar em criar uma classe primeiro se faça as seguintes perguntas:

    1. Qual é o conceito dessa classe? 

    Toda classe precisa ter um conceito, o combatente por exemplo é alguém que se empenha em se tornar cada vez mais hábil em combate, com uma arma ou estilo de combate, já o Bodisatva é alguém que busca aprimorar o seu corpo em harmonia com seu espírito ou mesmo o Arcano, que é alguém que possui magia e a desenvolve através de estudo ou do próprio auto-fortalecimento

    2. Qual é a lacuna que eu encontrei e que a criação dessa classe preenche? 

    Classes são peças imensas na construção do bloco lógico de um sistema, elas podem afetar todo balanceamento de equilíbrio se não tiverem uma concepção adequada. Qual foi a necessidade de se criar os Acólitos? Em Runeterra a magia “divina” emana não de divindades, mas do poder coletivo das crenças, uma realidade diferente da magia arcana.

    3. Estou realmente criando uma classe?

    O que faz a sua criação precisar ser exatamente uma classe? Ela tem algum sistema interno que a inviabilize de ser uma subclasse? Ela faz algo muito específico e que ainda não é coberto por nenhuma classe independente do nível de especialização da mesma nisso? Ela possui algum recurso que, para ser devidamente apresentado e trabalhado precise dos 

    4. Isso não se enquadraria mais como um ofício ou uma Runessência?

    As Classes podem ser vistas a grosso modo como um conjunto de habilidades e características comuns a como uma pessoa resolve seus problemas. Não é uma profissão, pois um Combatente pode ser um vidreiro, ou mesmo um Arcano pode ser um Cuteleiro, as profissões são enquadradas nos Ofícios. Um Caçador capaz de utilizar poderes elétricos pode tanto ser um conjurador, quanto possuir uma Runessência para isso. 

    5. Quão genérica ela é que possa existir em mais de um lugar ao mesmo tempo? 

    Embora o Bodisatva seja originário majoritariamente de Ionia, nada impede que um monastério seja erguido em Shurima ou em Águas de Sentina. Todas as classes são viáveis em qualquer lugar do mundo por serem “respostas” a necessidades que são comuns a todas as regiões, independente do nível dessa necessidade. O Xamã por exemplo, embora seja uma figura apresentada exclusivamente em Freljord na lore canônica, foi concebido para poder existir em diversas regiões.

    6. Minha criação não ficaria melhor  como uma subclasse ou um recurso?

    Se a sua classe é feita de alguém que luta com uma arma e lança feitiços específicos, ela não se enquadraria melhor como um Combatente com a técnica Combate Arcano? Ou ainda, um Bruto capaz de conjurar magias, não seria da subclasse das Cicatrizes Rúnicas?

    7. Qual é o recurso único dessa classe que a difere das outras?

    O Acólito possui a magia divina e sua liturgia, o Xamã possui sua relação com seus Aliados Espirituais e Grandes Espíritos, todas as classes possuem algum recurso essencial para sua existência que faz com que elas sejam realmente diferentes umas das outras. 

    Muito provavelmente as respostas a essas perguntas não serão satisfatórias, o que deve levar você a perceber que o melhor é talvez criar uma nova Subclasse, as subclasses são espaços excelentes para se desenvolver novas ideias por terem pequenos espaços (slots) onde nova habilidades e características podem ser inseridas, respeitando o conceito geral da classe e diferenças de poder concernentes aos níveis respectivos.

    Recomendo adicionalmente a leitura desses dois links:

    https://www.rederpg.com.br/2015/06/24/dd-5a-edicao-unearthed-arcana-modificando-as-classes/

    https://medium.com/dw-magazine/dungeon-world-quando-voc%C3%AA-quer-criar-uma-classe-2466453574c8


    De forma alguma desejo desencorajar novas criações, mas assim como os que vieram antes de vocês, em última instância, se você tem vontade de criar algo, crie! Apenas leve em consideração essas dicas pois um conteúdo criado sem capricho, certamente seria uma perda tempo para o público e para quem o lê, percebendo que não foi feito com uma real vontade de fazer algo incrível.

  • Vídeos de Runarcana

    Vídeos de Runarcana

    Olá invocadores!

    Vez ou outra algumas pessoas procuram vídeos de mesas do Runarcana RPG acontecendo, gente que busca ou entretenimento ou ver o RPG de League of Legends licenciado pela Riot Games em ação.

    Para facilitar um pouco, entramos em contato com diversos criadores de conteúdo que já criam conteúdo com o Runarcana RPG, para organizar aqui uma lista de diversas mesas, aventuras, campanhas, one shot, usando o sistema!

    Essa lista será atualizada com frequência, então, aproveitem.

    Runeterra: Eco Amaldiçoado

  • 3 Anos de Runarcana RPG

    3 Anos de Runarcana RPG

    Parece que foi ontem que eu estava terminando de fazer a impressão para PDF da primeira versão do Runarcana RPG quando ainda se chamava Runeterra RPG, um documento feito no Word (sim, esse mesmo) com o propósito de adaptar algum conteúdo de Runeterra para o D&D 5ª edição.

    Tanta coisa se passou nesses três anos, desde o “apocalipse” quando uma aventura oficial foi lançada e acreditei que o projeto teria que ser cancelado por estar conflitando com produtos da própria Rito Gomes, até mesmo o momento de coroação do sistema.

    Em 2020, o sistema teve que mudar de nome, mas isso não foi algo ruim, pois tal mudança foi causada pela maior conquista até então, o Runarcana RPG passou a ser um projeto oficialmente licenciado pela Riot Games. Pois é, esse projeto que completa hoje três anos, tem a autorização da Riot para continuar sendo produzido e desenvolvido para entregar à comunidade uma experiência fantástica em RPG de mesa.

    Entre muitos altos e baixos, a equipe do Runarcana RPG que nunca foi completamente estável, acabou sendo desfeita e isso fez com que eu parasse por um momento para reavaliar tudo. Ao observar a “casa” do Runarcana, percebi que era bagunça para todo lado, muita coisa precisava ser revista, processos precisavam ser defiunidos e métricas novas deviam ser estabelecidas, especialmente pelo projeto ter passado de ser mantido por uma equipe, para ser mantido por apenas uma pessoa.

    Uma das primeiras diretrizes dessa organização da casa foi relembrar o sentimento que me fez iniciar todo esse projeto que começou com menos de 80 páginas e atualmente conta com mais de 1500 páginas escritas entre conteúdo oficial, material de suporte, conteúdo adicional e diretrizes para desenvolvimento de novos projetos.

    Após um tempo bem atarefado de organização, finalmente a casa está arrumada e o Runarcana voltou a ter uma equipe, ainda que pequena, é uma equipe que tem se mostrado extremamente eficiente, com energia, vontade e mais importante, cientes de que o que estão produzindo é um privilégio e não um direito, o privilégio de poder trabalhar com a propriedade intelectual da Riot Games para produzir um RPG de mesa fantástico.

    0.93

    Em meus planos originais, nessse terceiro aniversário seria publicado o Runarcana RPG 0.93 mas infelizmente graças a esses problemas organizando a casa e, felizmente, graças a um mês extremamente produtivo (obrigado Final Level, Riot Games, Arcane e Ruined King), o atraso foi ainda maior e, entre fazer um lançamento apressado e fazer um bom lançamento, ficou decidido que essa versão será adiada para o início de 2022.

    Para quem acompanha as notícias do Runarcana ou me apoia, uma prévia do que está por vir nessa versão já foi apresentada. Ela representa muita coisa positiva e a principal delas é a reconexão com o propósito inicial que eu tive três anos atrás quando criei esse projeto, um sistema de RPG que funcione de forma similar aos sistemas que tanto joguei nos anos 90 e 00 como AD&D 2nd Edition, GURPS, Storyteller (Vampire, Werewolf, Mage, Changeling), Shadowrun, D&D 3 e 3.5, entre outros.

    Uma coisa importante e comum a esses sistemas é que não existia uma necessidade de que todas as regras fossem estritas e totalmente fechadas, com vários pontos abertos a interpretação sem uma estrutura de regras que iniba mestre ou jogador de poderem viver suas fantasias e história.

    Runarcana foi criado para ser um sistema que se valida na narrativa e na exploração mediados pelo responsável por isso, o Mestre de Jogo, cabendo a ele a responsabilidade de balancear o que achar necessário, desde regras, passando por origens, classes e tudo o mais. O Runarcana RPG não é um manual de como o sistema deve ser jogado, mas sim um guia para auxiliar que isso aconteça.

    Com esse pensamento e resgate, chegamos a um ponto importante para o sistema:

    Nexus

    O projeto do Runarcana RPG continua a ser um projeto feito de fãs para fãs, sem fins lucrativos e, por esse motivo, é importante ressaltar que toda ajuda que se alinhe com os propósitos do projeto é bem vinda através do voluntariado. O Nexus surgiu como uma necessidade de deixar bem claro vpários pontos sobre o sistema, se tornando um documento geral de parametrização do sistema e do projeto, bem como uma reapresentação dos objetivos do mesmo, além de projetos auxiliares que pretendem trazer ferramentas que auxiliem novos jogadores.

    Nele (Nexus) é possível encontrar formas de colaborar com as mais diversas habilidades, mas é importante e imprescindível que as pessoas que queiram participar estejam cientes do seu conteúdo, que é apenas uma mera formalidade, que resume as obrigações e deveres de se trabalhar com um projeto que, possui uma licença especial para operar de forma legalizada dentro do Lenga Lenga Jurídico da Riot.

    Qualquer pessoa que procure ler sobre isso, entenderá que o Nexus apresenta está apenas um resumo disso, que todos que optam por trabalhar com a propriedade intelectual de terceiros, no caso da Riot Games, estão aceitando apenas por iniciarem esse trabalho.

    Com o Nexus, espero que novos colaboradores se sintam estimulados a trazerem sua energia e boa vontade (aliados a disciplina e responsabilidade) para dar continuidade ao nosso objetivo do 1.0 no horizonte cientes que embora sua criatividade seja o que alimenta o projeto, a mesma está a serviço dessa propriedade intelectual que não pertence a mim ou a qualquer um que não seja a Riot Games.

    Nerfs

    Voltando a falar sobre o 0.93, uma coisa que pode ser esperada dele é a presença de nerfs substanciais para muitas classes e características, incluindo a remoção de algumas características que estão em excesso, fortalecendo demais o pilar de combate e muitas vezes ignorando os pilares de interpretação e exploração.

    Parte desses nerfs se faz necessária pela forma como o desenvolvimento do sistema acabou sendo conduzido nos últimos tempos, com excesso de opiniões enviesadas para uma determinada forma de jogar RPG que foram fruto de uma direção confusa e atrapalhada, tentando agradar a mais de um objetivo que definitivamente não eram o objetivo inicial.

    É óbvio que um projeto que alcance esse tamanho sofra alterações, tenha um crescimento e desenvolvimento da visão original do mesmo, mas ainda assim, essa evolução deve respeitar a essência do projeto, do contrário, o barco fica à deriva e qualquer destino pode ser bom o bastante. Dito isso, falemos sobre o que o futuro nos reserva:

    Futuro Imediato

    O Futuro Imediato do Runarcana RPG envolve primeiramente o lançamento da versão 0.93, com os já citados nerfs e atualizações de classes que são esperadas por muitas pessoas. Em adição a isso, teremos a primeira nova classe adciionada ao sistema em um bom tempo.

    O Xamã chega para preencher um espaço narrativo bem específico, modificando como algumas subclasses (e até mesmo classes) funcionam, trazendo um novo sistema de interação com a magia (e até mesmo de desenvolvimento de spellcasting) com a classe sendo naturalmente uma classe “quase-conjuradora”.

    Sendo uma nova classe, novas rodadas de ajustes e atualizações devem surgir, mas acredito que seja uma adição excelente ao sistema justamente pela forma como a classe funciona e como ela interage com outras regras e conceitos de mundo extremamente importantes.

    Além do Xamã, podemos esperar em um espaço menor de tempo a atualização 0.94, que além de contar com a revisão e ajustes do conteúdo da 0.93, contará também com novos capítulos para o Livro do Runarcana RPG, tudo em prol de conquistar o 1.0 e o PDF definitivo do mesmo (sim, eu também quero ter o livro impresso em minhas mãos).

    Não posso prometer, mas tentaremos ao máximo evitar edições intermediárias, sabemos que coisas como 0.92 b, c e até mesmo d, não são ideais, mas caso algo seja extremamente urgente, continuaremos a contar com essa forma de atualizar o sistema de forma dinâmica.

    Isso nos leva a coisas ainda mais distantes, que devem ser desenvolvidas no decorrer de 2022 e até de 2023, coisas que podemos chamar de “Futuro no Horizonte”:

    Futuro no Horizonte

    O Futuro no Horizonte do Runarcana RPG consiste na conclusão do sistema (através da 1.0) lançando assim o Core do sistema e seu primeiro suplemento. Após longas deliberações e considerações sobre as possibilidades, foi decidido que o Runarcana RPG será lançado em 2 livros, um contendo todo conteúdo necessário para jogar, criar aventuras e mestrar e um segundo livro contendo recursos adicionais para mestres e jogadores.

    Não estamos falando aqui de um livro do jogador e livro do mestre, o Runarcana mantém seu objetivo de precisar de apenas um livro para qualquer jogador e mestre, com suplementos trazendo conteúdos adicionais, expansão de regras, regras alternativas entre outros recursos que devem ampliar a experiência e também permitir que algumas em específico tenham uma determinada curva de foco.

    Para que isso seja possível, o Runarcana Core contará com todas as regras necessárias, mas terá um número reduzido de subclasses, runas, aprimoramentos, heranças, magias, sutras e outros recursos diversos, com todo o resto do conteúdo oficial já criado sendo apresentado nesse primeiro suplemento (ainda sem nome) que deve ser publicado simultaneamente com o Core.

    A pré-seleção desse conteúdo levará em conta fatores como abrangência, presença de conteúdo o mais amplo possível que deve abordar o maior número de opções conhecidas, recursos básicos e correspondência com as fantasias mais recorrentes, logo, não se preocupe que o Arcano tenha apenas três subclasses no Core, tudo que foi produzido será publicado nesse suplemento.

    Dito isso, os planos do Runarcana continuam de vento em popa, com parte desse planejamento sendo expresso através do calendário fixado que tem como limite o segundo semestre de 2023. Portanto, com um ano e meio de calendário, esperamos conquistar o seguinte:

    1. Runarcana Core -Livro de sistema contendo todo material necessário para criar personagens, aventuras, criaturas e regras para conduzir jogos sem a necessidade de qualquer livro-acessório adicional.
    2. Suplemento ainda sem nome – Um suplemento contendo toda carga criativa do Runarcana com um enfoque menor em regras gerais, apresentando as opções que já foram criadas como complemento ao Core.
    3. Livro de Criaturas (Parte do Santangelo) – Ao invés de demorar tempo demais para ter um livro enorme com criaturas, elas serão sleecionadas e publicadas em conjuntos temáticos poouco a pouco.
    4. Suplemento de regras simplificadas – Uma estrutura de regras extremamente simplificada para facilitar o ingresso de novos jogadores ao custo de menor personalização, um pacote inicial e mais amigável.
    5. Conjunto de regras avançadas – Uma expansão opcional de várias regras que visam ampliar ainda mais as possibilidades de criação e interpretação dando aos que gostam de mergulhar em águas profundas, material de sobra para amplificar as possibilidades.
    6. Suplemento de coisas “esquecidas” e “abandonadas” – No decorrer do desenvolvimento do mundo de Runeterra através dos duiversos Jogos da Riot Games, muitos conteúdos foram deixados de lado, outros foram modificados de forma imensa e alguns outros apresentam apenas possibilidades. Tudo isso terá o seu lugar.
    7. Livro de Atualizações – Esse sétimo livro será a atualização do Runarcana quanto ao conteúdo que seja lançado oficialmente pela Riot Games no decorrer desse tempo, sabemos que novos campeões devem ser apresentados, novas regiões, cidades e conceitos podem surgir e ao invés de reformular o 1.0 será mais fácil e prático lançar esse conteúdo através do site, da wiki e eventualmente consolidando o mesmo em um livro de atualizações.

    Como vocês podem ver, planos grandiosos estão traçados para o futuro do Runarcana RPG, seja ele imediato ou no horizonte.

    Considerações Finais

    Como puderam ver, os planos do projeto Runarcana continuam seu desenvolvimento com energia renovada em especial pela nova equipe, pelo lançamento de Arcane e do Rei Destruído. Todo esse conteúdo já está em diferentes estágios de desenvolvimento e estão alinhados para tornar o sistema algo coesivo, com conexão com às fantasias de Runeterra e aventuras nesse mundo fantástico.

    É a primeira vez que um mapa de atualizações tão ambicioso é apresentado aqui, com tanta informação sobre o futuro e um imenso compromisso sendo assumido publicamente. Sei que muito trabalho será necessário para alcançar esses objetivos, no entanto é apenas estabelecendo padrões elevados que algo realmente bom pode ser feito.

    Parte desses planos podem sofrer alteração no decorrer do tempo, afinal, imprevistos acontecem e em um calendário tão amplo, muitas coisas podem ser removidas, adicionadas ou completamente alteradas. Fiquem sempre de olho nos canais oficiais de comunicação do Runarcana RPG para acompanhar como se desenvolvem esses passos.

    Agradecimentos

    Sei que o texto foi longo mas foi extremamente necessário.

    No entanto, ainda mais importante e necessário, é deixar aqui os agradecimentos a todas as pessoas que passaram pelo Runarcana RPG nesses 3 anos de existência, seja a antiga equipe que contribuiu muito para que pudéssemos chegar até aqui, a todos vocês que acompanham o projeto independentemente de quanto tempo seja, a todos que ingressam nessa missão de elevar o Runarcana RPG a novos patamares e também a aqueles que ainda venham se juntar a isso.

    Se já conquistamos tanto em três anos, imagine o que conseguiremos conquistar no próximo 1 ano e meio de calendário com a experiência adquirida, energia renovada e a visão inicial restaurada?

    Estamos apenas começando…

    OBRIGADO A TODOS, UM FELIZ FINAL DE ANO E NOS VEMOS EM 2022!

  • RUNARCANE DESTRUÍDO

    RUNARCANE DESTRUÍDO

    Runarcana + Arcane + Rei Destruído

    Saudações Invocadores!

    Muita coisa aconteceu nesse mês de Novembro, tivemos finalmente Arcane, uma obra magnífica e perfeita, sendo lançado e concluído e para a surpresa de todos, o lançamento do Ruined King: A League of Legends Story (Rei Destruído: Uma História de League of Legends), o jogo de RPG em turnos que estavamos aguardando há um bom tempo e que também se mostrou divino.

    Passado o hype dessas duas obras maravilhosas, chega a hora de responder a muitas perguntas feitas sobre o impacto dessas duas obras canônicas no Runarcana RPG, então para facilitar as coisas, escrevi esse artigo com um FAQ das principais perguntas que recebi.

    Antes de entrarmos no FAQ propriamente dito, vamos a minha impressão geral sobre as duas obras: PERFEITAS!

    É sério, assista Arcane e jogue Ruined King, enquanto Arcane foi um prazer do começo ao fim ao longo dessas três semanas, Ruined King já me garantiu mais de 50 horas de jogatina conhecendo muito mais sobre Runeterra do que eu jamais que conseguiria.

    Uma coisa importante sobre esse FAQ é que ele será alimentado com novas questões que surjam, então usem o campo de comentários do site para deixarem suas dúvidas, eventualmente elas poderão ser respondidas.

    Agora, sem mais delongas, fiquem com o FAQ!

  • Ascenda Conosco

    Ascenda Conosco

    Olá, Invocador!

    Mais uma vez estou aqui para lhes escrever um artigo comemorando o Mês do Orgulho LGBTQ+ e o Dia Internacional do Orgulho LGBTQ+, um breve momento para lembrarmos da diversidade que existe no mundo e celebrá-la.

    Ano passado escrevi um artigo sobre o por que é comemorado no mês de junho e esse é o mesmo motivo pelo qual esse artigo está sendo publicado no dia de hoje.

    Celebrando o Amor

    O Mês do Orgulho é uma época para que se possa celebrar a aceitação e o amor incondicional, de todas as formas que ele existe.

    Estamos vivendo uma época mais tranquila e em que as pessoas estão sendo mais conscientizadas sobre os problemas da comunidade como um todo, claro, não é perfeito nem mesmo o ideal… mas é um começo.

    Nós da equipe do Runarcana sempre buscamos criar uma comunidade livre de preconceitos, onde qualquer um possa se sentir seguro e acolhido.

    Esse mês existe para nos lembrar que a diversidade existe, que nem tudo é preto no branco. Independente da opinião das pessoas sobre a causa LGBTQ+, ela vai continuar existindo e só cabe a você respeitá-la.

    Eu aguardo ansiosamente pelo dia em que nada disso será necessário, mas para isso todos temos que fazer nossa parte.

    Diana e Leona

    Nesse mês a Riot Games publicou o conto Ascenda Comigo, uma breve história que mostra a adolescência da Diana e da Leona e a maneira em que elas se comportavam em relação aos ensinamentos dos Solari.

    Nesse mesmo conto, é narrado o crescimento da relação entre as duas e de maneira gradual a maneira em que elas passam a ter sentimentos uma pela outra. Diana é uma garota tutelada pelos Rakkor enquanto Leona é filha de dois Forjassóis (o que aparenta ser uma posição altíssima na hierarquia dos Solari).

    Porém, o maior problema para elas não é suas posições sociais, mas sim os pensamentos de Diana que contestam a razão de a Luz do sol ser a única sagrada e a Escuridão da noite ser considerada maligna.

    Aqui está um trecho do conto, que retira uma passagem do diário de Diana:

    Então, perguntei se gostaria de dançar comigo lá embaixo, no Festival.

    Imaginei que diria não, mas abriu um sorriso maior do que qualquer um que eu já tivesse visto no seu rosto. Quero desenhá-lo, mas não sei se consigo capturar o esplendor dele. Pegou minha mão e – e nunca vou esquecer isso enquanto estiver viva – respondeu: “Ainda não”.

    E Leona me beijou.

    E eu beijei Leona.

    Essa é a primeira vez que a Riot inseriu um relacionamento abertamente LGBTQ+ em suas histórias, antes disso havia muitas insinuações, mensagens subliminares sobre alguns personagens do LoL. O Arddhu fez um vídeo sobre esse mesmo conto, para os interessados aqui está:

    Que tal um desafio?

    Antes de eu lançar esse desafio, convido vocês a fazerem uma reflexão… Quantas vezes em uma história você viu personagens abertamente LGBTQ+ inseridos nela? E se eles estão presentes nessa história, eles são apresentados de forma natural ou não passam de estereótipos?

    Aqui vai o desafio, tentem criar personagens diferentes que em nosso mundo poderia ser considerado alvo de piadas e preconceitos. 

    Pense em um rapaz com uma aparência mais feminina, uma mulher que seja extremamente musculosa (Illaoi), alguém que não seja limitado por qualquer barreira de gênero. Você também não precisa se limitar à aparência da personagem, pense nos trejeitos e maneirismos, no emocional e como ela se relaciona no mundo.

  • Visitando a Tecmaturgia: Shurima

    Visitando a Tecmaturgia: Shurima

    Quando comecei essa série, não tinha noção de que acabaria demorando tanto para escrever cada parte da mesma, achei que seria um pouco mais rápido. O que tem atrasado um pouco isso tudo é justamente todo o resto do que envolve essa série de artigos: Runarcana RPG.

    Do último artigo da série para esse, uma série de coisas novas foram lançadas, inclusive o Runarcana RPG 0.92, uma revisão geral do sistema além de novos conteúdos, encaminhando tudo para o plano futuro de alcançar o 1.0, o momento onde o sistema estará já dimensionado da melhor forma e (esperamos) equilibrado a ponto de não necessitar de uma revisão tão cedo.

    Para esse artigo, a escolha foi feita em live, caso você não saiba, eu faço lives frequentemente em live.arddhu.me e na live pedi aos espectatores qual deveria ser a próxima nação/região a fazer parte dessa série. Shurima venceu então vamos primeiramente falar um pouco sobre essa região que outrora foi o maior império conhecido.

    Antes de entrar no artigo propriamente dito, caso você goste do trabalho que desenvolvo, você pode me apoiar através do apoia.se/arddhu com qualquer quantia, recebendo recompensas proporcionais a quanto você puder me apoiar, mas chega de enrolação!

    Quando tomamos Shurima como base para a Tecmaturgia, temos que levar em consideração seu estado único na história de Runeterra, um império do passado que teve talvez a mais alta glória, para sucumbir em uma tarde, no qual a capital foi destroçada e o Disco Solar caiu do céu.

    O Disco Solar de Shurima é uma relíquia colossal de tempos imemoriais, através de um trabalho conjunto com Targonenses e Ixtaeleses, esse artefato foi criado para canalizar a energia divina do Sol, direcionando-a aos escolhidos para se tornarem guerreiros-deuses, os Ascendentes.

    Shurima possui por si só muita magia em sua sociedade, em especial em sua mais nova encarnação, que surge com a ressurreição de Azir, o último imperador das areias. Renovada e em reconstrução do império, Shurima conta com uma história antiga riquíssima, mas que em muitos casos está escondida sob toneladas de areia.

    Todos esses aspectos podem parecer não fortalecer a tecmaturgia nessa região, mas o fato é que deuses caminhavam entre os mortais e portavam tecnologia mágica de imenso poder, portanto é lógico assumir que a tecmaturgia fez parte dessa civilização antes da mesma ser espalhada pelas areias do grande Sai. 

    Shurima.

    Antes do retorno do Imperador, os tecmaturgos sobreviviam nas areias causticantes em sua maioria usando espólios de tumbas e restos de tecnologia da época do Disco Solar, alguns poucos utilizavam os mercados para ter acesso a componentes de diversas regiões do mundo. Com o retorno do Imperador e do império, além do retorno de grandes estudiosos, isso já está mudando drasticamente.

    Construtos

    Extremamente comuns no passado, na atualidade Shurima os construtos voltaram a aparecer com mais expressividade. Se no passado eles normalmente serviam aos nobres e em especial aos Ascendentes, atualmente muitos construtos foram reanimados na areia com a volta do Disco Solar. Alguns deles sabem de sua dependência dessa fonte e tem buscado formas de não mais depender disso, embora a maioria ainda esteja tentando se adequar a uma realidade onde não mais são servos.

    Além dos construtos de areia invocados pelo próprio imperador e por seus discípulos capazes de animar a areia temporariamente, alguns construtos do passado também tem esse material tão abundante em sua composição. Outros construtos são feitos com rochas sólidas ou até mesmo arenito, com madeira sendo usada em alguns casos mas metal na maioria das vezes.

    Os construtos Shurimanes antigos podem possuir algum anacronismo crônico, mas não possuem uma unicidade quanto a lealdade a Azir, com alguns ainda ressentidos pelo fato de terem sido servos enquanto outros não veem a hora de voltarem a servir. Alguns novos construtos têm aparecido, seja por novos experimentos, novas interações do Disco Solar com o ambiente ou mesmo como parte de tropas produzidas para uma vindoura guerra entre guerreiros-deuses.

    Não é estranho que construtos Shurimanes sejam moldados à imagem e semelhança de Ascendentes e heróis do passado. Em alguns casos, alguns desses construtos realmente serviram a esses Ascendentes ou mesmo sofreram nas mãos dos Darkin, se libertando quando essas criaturas tomadas pela vilania e pela loucura foram aprisionadas.

    Alguns outros construtos foram incumbidos de proteger determinadas construções do passado, como tumbas, bibliotecas, reservas de alimentos, entre outras tarefas. Alguns desses sobreviveram ao tempo e trazem traços de estilo claramente pertencentes a uma outra época. Não são poucos os construtos que apresentam traços espectrais, como uma energia bruxuleante que os anima.

    Dispositivos

    Agulheira: Comuns no passado de Shurima, as bestas sempre foram armas pertencentes a soldados e nobres, com projetos belos e leves, suas linhas simples normalmente douradas buscavam trazer em si uma referência aos raios de sol. Uma agulheira antiga pode ter o aspecto da boca de uma serpente que dispara os projéteis, enquanto uma mais recente, poderia ter influências piltovenses com linhas ainda mais simples e uma aparência não tão adornada, similar a um cano com mecanismos e engrenagens visíveis, feitas para rápida manutenção em especial para tirar areia da mesma.

    Arma de Elixir: Uma arma de Elixir shurimane tem uma aparência comum, similar a um lança-granadas que dispara frascos com líquidos preparados. Talvez uma delas possua um mecanismo retirado de uma tumba antiga que anteriormente arremessava frascos de ácido em saqueadores desavisados, mas agora convertida para disparar essas cápsulas cristalinas, talvez seja feita de forma a lembrar uma ampulheta pela qual é possível ver a areia correndo como se fosse líquida.

    Cajado Tecnomante: Olhe na mão do Imperador, aquilo é estilo do antigo Império, elegância e função, além de servir para apoio em caminhadas, seu desenho permite que seja quase impossível de se imaginar que dele é possível que raios sejam projetados. Não é estranho e nem incomum que adornos homenageando o Disco Solar façam parte desses objetos.

    Drone Coruja: Falcões homenageando Azir são comuns por Shurima, dessa forma, falcões metálicos unindo latão, ouro e bronze não seriam estranhos e funcionam perfeitamente mesclando-se ao ambiente. Quando estacionários, passam perfeitamente por estátuas adornadas homenageando se não o imperador, uma figura animal clássica e tradicional de Shurima. Abutres também não seriam estranhos e até mesmo Corujas.

    Égide Pneumática: Extremamente incomuns em shurima, os escudos não fazem parte do material bélico tradicional dos shurimanes. Ainda assim, no caso dos poucos que existem, fazem clara menção ao disco solar aproveitando do formato natural para formar um escudo. Com funcionamento mágico, as habilidades normalmente exibem raios amarelados quando utilizadas.

    Haste de Propulsão Eletromagnética: As armas de haste são o padrão mais claro entre os Shurimane. Uma lança de aparência similar à dos exércitos imperiais, mas capaz de disparar raios que se assemelham a rajadas direcionadas de energia solar. Não raramente, também fazem menção ao Disco Solar..

    Ignium:  O traço mais característico de Ignium de tecmaturgos shurimanes certamente é a chama lançada que possui uma predominância do tom amarelo, puxado para o laranja dourado fazendo pouca menção ao vermelho. Normalmente possuem uma peça central flutuante feita inspirada no Disco Solar que projeta as labaredas, com a fumaça expelida sendo visível para quem não é envolvida por ela, como uma nuvem de uma tempestade de areia.

    Irradiador de Projéteis: Dada a naturalidade que existe pela magia, uma aljava adornada com fios dourados e algum motivo shurimane funcionaria perfeitamente. Ah claro, menção ao Disco Solar? Com certeza também tem espaço aqui, ainda mais se for algo antigo, que foi encontrado em uma tumba e talvez tenha pertencido a soldados de um Ascendente em particular.

    Precursor Magnético: Sim, mais Disco Solar. Essas peças feitas com base na aparência do Disco Solar flutuam há alguns centímetros do chão e possuem uma ligação a um medalhão que representa (você já sabe) o Disco Solar. Através da conexão entre as peças e o medalhão é possível direcionar essas torretas flutuantes para cumprirem a vontade de seu dono.

    Transdutor Explosivo: Diademas são comuns na estética shurimane, especialmente entre as classes mais altas ou estudiosas. Dessa forma, um diadema dourado com cristais incrustados funciona perfeitamente como o dispositivo que sincroniza as ondas cerebrais de um tecmaturgo. As granadas por sua vez, podem visualmente explodir com uma chama amarelada lembrando o disco solar ou mesmo em uma nuvem de areia que fragmenta até desaparecer.

    Vibrum:  Com a quantidade certa de magia, um pouco de areia suspensa gravitando a arma pode ser controlada a ponto de rodear uma arma em uma velocidade impressionante. Ou mesmo, sem rotacionar a arma, vibrar causando o efeito necessário para que uma Vibrum possa causar seu dano adicional.

    Desculpe se apelei demais para o uso do Disco Solar, mas o mesmo pode até ser considerado o maior dispositivo já visto em Runeterra, uma vez que sua criação envolve noções profundas e avançadas tanto de magia quanto de tecnologia. 

    A estética predominante nos dispositivos de Shurima se encaixa com os motivos dos metais que lembram o ouro e o sol, como o latão polido ou mesmo o cobre. Quanto à presença de areia e rochas, elas também podem fazer parte da constituição geral desses inventos, no entanto como preferência estética, os estudiosos mais nobres procuram evitar esses materiais menos nobres…. mesmo que ironicamente, a areia seja apenas rocha fragmentada.

    Como Shurima está passando por um processo de ressurreição cultural e enquanto nação, muito do passado e do presente se confundem enquanto estética, lembrando que ainda assim, existe uma influência estrangeira grande na população que sobreviveu e em alguns casos receberam grande carga cultural de outras nações, principalmente a noxiana.

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